Com o desenvolvimento de novos medicamentos capazes de mudar o curso da Atrofia Muscular Espinhal (AME), foi desenvolvida uma outra classificação clínica dos tipos de AME, que leva em consideração a funcionalidade do paciente.
Nesta classificação de acordo com a funcionalidade, os pacientes podem ser assim divididos:
De acordo com a fisioterapeuta Dra. Cristina Iwabe (Unicamp), essa classificação ganha relevância para o planejamento de reabilitação.
“Especialmente no caso de bebês que iniciam o tratamento na fase pré-sintomática, não faz mais tanto sentido falar na classificação tradicional em tipos 0, 1, 2, 3 e 4. A nova classificação para nós, fisioterapeutas, faz muito mais sentido nesse novo cenário de medicamentos que a gente se encontra porque essa criança não vai deixar de ser uma AME tipo 1, 2, 3 e 4, mas, para nossa conduta fisioterapêutica, o fato de classificarmos a criança como não sentantes, permite que a gente determine uma escala motora específica para ela, como a Chop Intend” afirma.
Cristina acrescenta que, de acordo com a classificação dessa escala, os profissionais de fisioterapia conseguem determinar o prognóstico motor desses indivíduos, ou seja, “até onde a gente consegue chegar com essa criança ou até onde essa criança vai conseguir chegar”.
“Dependendo do score motor que essa criança atinge, na Chop Intend, a gente consegue determinar qual é a chance dessa criança se sentar sozinha. Uma vez sentando sozinha, ela se torna um sentante. E aí, a partir disso, a gente consegue direcionar exercícios e condutas terapêuticas para, quem sabe, ela se tornar um deambulante” exemplifica a profissional.
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